Uma reflexão sobre o comportamento informacional diante das transformações paradigmáticas da ciência da informação e dos contextos histórico-sociais

  • Leonardo Pereira Pinheiro de Souza Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Cássia Regina Bassan de Moraes Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Palavras-chave: Comportamento Informacional, Estudos de Usuários, Ciência da informação, Interdisciplinaridade

Resumo

Este trabalho se caracteriza como uma revisão de literatura, visando discutir as mudanças de perspectivas na Ciência da Informação, provocadas por variáveis históricas, sociais e econômicas que a influenciaram, bem como os estudos de usuários da informação. São considerados três momentos históricos sucedendo a Segunda Guerra Mundial até o século XXI, no contexto dos paradigmas definidos por Capurro: o físico, o cognitivo e o social. Por meio de uma perspectiva interdisciplinar, foram analisadas obras de Ciência da Informação, Filosofia, Sociologia e Engenharia, buscando uma visão holística do tema. Este trabalho apresenta seu diferencial na interdisciplinaridade e na análise das transformações históricas, políticas e econômicas como determinantes nas prioridades dos estudos de usuários da informação. Conclui-se enfatizando que o advento da sociedade da informação por si só não foi capaz de trazer o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida, especialmente nos países pobres, sendo que os profissionais da informação, agentes a serviço do interesse público, devem apoiar a transformação social, auxiliando os indivíduos no uso eficaz da informação. Portanto, os estudos de usuários são essenciais para compreender e satisfazer as necessidades informacionais, visando a transformação da realidade social, deste que tenham uma fundamentação teórica consistente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Allcott, H. & Gentzkow, M. (2017). Social media and fake news in the 2016 election. Journal of Economic Perspectives, 31( 2), 211- 236. Recuperado de: https://pubs.aeaweb.org/doi/pdfplus/10.1257/jep.31.2.211.

Araújo, C. A. A. (2009). Correntes teóricas da ciência da informação. Ciência da Informação, 38(3), 192-204. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/ci/v38n3/v38n3a13.pdf.

Araújo, I. L. (2012). Curso de teoria do conhecimento e epistemologia. Barueri: Minha Editora.

Beaumont, P. (2011, fevereiro 25). The truth about Twitter, Facebook and the uprisings in the Arab world. The Guardian, World, Middle East. Recuperado de: https://www.theguardian.com/world/2011/feb/25/twitter-facebook-uprisings-arablibya.

Belkin, N. J. (2005). Anomalous State of Knowledge. In: K. E. Fischer, S. Erdelez & L. McKechnie, L. (Eds.). Theories of information behavior. Medford (NJ), Information Today, pp. 44- 48.

Borko, H. (1968). Information Science: What is it? American Documentation, 19(1), 3- 5. Recuperado de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3433774/mod_resource/content/1/Oque%C3%A9CI.pdf.

Bufrem, L. S. (2013). Configurações da pesquisa em Ciência da Informação.

DataGramaZero, 14 (6), 1- 13. Recuperado de: http://www.brapci.inf.br/index.php/article/download/50777.

Bush, V. (1996). As we may think. Interactions, 3 (2), 35- 46. Recuperado de: https://dl-acm-org.ez87.periodicos.capes.gov.br/citation.cfm?id=227186.

Cadwalladr, C. & Graham-Harrison, E. (2018, março 17). Revealed: 50 million Facebook profiles harvested for Cambridge Analytica in major data breach. The Guardian, News. Recuperado de: https://www.theguardian.com/news/2018/mar/17/cambridge-analytica-facebookinfluence-us-election.

Candiotto, C. (2012). Neoliberalismo e democracia. Princípios, 19 (32), 153- 179. Recuperado de: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7568/5631.

Capurro, R. (2007). Epistemología y ciencia de la información. Enl@ce, 4 (1), 11-29. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=82340102.

Chiavenato, I. (2003). Introdução à teroria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações (7. ed). Rio de Janeiro: Elsevier.

Choo, C. W. (2003). A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: SENAC.

Dervin, B. (2005). What methodology does to theory: sense-making methodology as exemplar. In S. E. Fischer, S. Erdeles & L. McKechnie (Eds.), Theories of Information behavior (Cap. 2, pp. 25- 29). Medford (NJ): Information Today.

Detlor, B. (2005). Web information behaviors of organizational workers. In: , K. E. Fisher, S. Erdelez & L. McKechine. (Eds.), Theories of information behavior (Cap. 68, pp. 377-381). Medford (NJ): Information Today.

Ellis, D. (1989). A behavioural approach to information retrieval system Design. Journal of Documentation, 45 (3), 171- 212. Recuperado de: https://doi.org/10.1108/eb026843.

Ellis, D. (2005). Ellis’s model of information behavior. In K. E. Fisher, S. Erdelez & L. McKechine (Eds.). Theories of information behavior (Cap. 21, pp. 138-142). Medford (NJ), Information Today.

Fan, S., Lau, R. Y. K. & Zhao, J. L. (2015). Demystifying big data analytics for business intelligence through the lens of marketing mix. Big Data Research, 2(1), 28- 32. Recuperado de: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214579615000155#.

González-Teruel, A. (2005). Los estudios de necesidades y usos de la información: fundamentos y perspectivas actuales. Guijón (Asturias): Ediciones Trea.

Hjørland, B. (2002). Epistemology and the socio-cognitive perspective in Information Science. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 53(4), 257–270. Recuperado de: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/asi.10042/epdf.

Hjørland, B. (2005). The socio-cognitive theory of users situated in specific contexts and domains. In K. E. Fisher, S. Erdelez & L. McKechine (Eds.).

Theories of information behavior (Cap. 60, pp. 339- 343). Medford (NJ), Information Today.

Kuhlthau, C. C. (2005). Kuhlthau’s information search process. In K. E. Fisher, S. Erdelez & L. McKechine (Eds.). Theories of information behavior (Cap. 38, pp 230- 234). Medford (NJ), Information Today.

Lévy, P. (1998). A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola.

Lima, A. (2013). Excurso sobre o conceito de contracultura. Holos, 29(4), 189-192. Recuperado de: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1536/715.

Palley, T. I. (2005). Del keynesianismo al neoliberalismo: paradigmas cambiantes en economía. Economía UNAM, 2 (4), 138- 148. Recuperado de: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?pid=S1665-952X2005000100007&script=sci_arttext.

Pombo, O. (2005). Interdisciplinaridade e integração dos saberes. LIINC em Revista, 1(1), 3- 15. Recuperado de: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3082/2778.

Rendón-Rojas, M. A. (1996). Hacia un nuevo paradigma en Bibliotecologia. Transinformação, 8 (3), 17- 31. Recuperado de: http://periodicos.puccampinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/viewFile/1598/1570.

Rendón-Rojas, M. A. (2001). Un análisis del concepto sociedad de la información desde el enfoque histórico. Información, Cultura y Sociedad, 4, 9-21. Recuperado de: http://www.scielo.org.ar/pdf/ics/n4/n4a02.pdf.

Rendón-Rojas, M. A. (2005). Relación entre los conceptos: información, conocimiento y valor. Semejanzas y diferencias. Ciência da Informação, 34 (2), 52- 61. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ci/v34n2/28555.pdf.

Rendón Rojas, M. A. (2007). Los valores sociales y políticos dentro del paradigma bibliotecológico en la era de la información. Transinformação, 19 (1), 9- 18. Recuperado de: http://www.redalyc.org/pdf/3843/384334745001.pdf.

Rendón-Rojas, M. A. & Hernández-Salazar, P. (2010). Sense–making: ¿metateoría, metodología o heurística? Investigación Bibliotecológica, 24(50), 61-81. Recuperado de: http://www.scielo.org.mx/pdf/ib/v24n50/v24n50a5.pdf.

Robredo, J. (2011). Do documento impresso à informação nas nuvens: reflexões. Liinc em Revista, 7 (1), 19- 42. Recuperado de: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3287/2903.

Rodríguez-Gallardo, A. (2004, dezembro).¿Qué evaluar de los sistemas de información al servicio de la sociedad?. Coloquio Internacional de Bibliotecarios, Guadalajara, Jalisco, México, 11. Recuperado de: http://148.202.105.23/coloquio/memorias/XI%20CIB%202004.pdf#page=115.

Rodríguez-Gallardo, A. (2005).Lectura e internet: dos tecnologías. Investigación Bibliotecológica, 19 (38), 11- 32. Recuperado de: http://www.scielo.org.mx/pdf/ib/v19n38/v19n38a2.pdf.

Saracevic, T. (1999). Information Science. Journal of the American Society for Information Science, 50 (12), 1051- 1063. Recuperado de: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/(SICI)1097-4571(1999)50:12%3C1051::AID-ASI2%3E3.0.CO;2-Z/abstract.

Savolainen, R. (1995). Everyday life information seeking: Approaching information seeking in the context of “way of life”. Library & Information Science Research, 17 (3), 259- 294. Recuperado de: https://doi.org/10.1016/0740-8188(95)90048-9.

Shannon, C. E. (2001). A mathematical theory of communication. ACM SIGMOBILE Mobile Computing and Communications Review, 5 (1), 03- 55. Recuperado de: https://dl.acm.org/citation.cfm?id=584093.

Shera, J. (1977). Epistemologia social, semântica geral e biblioteconomia. Ciência da Informação, 6 (1), 9- 12. Recuperado de: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/92/92.

Spink, A. & Case, D. O. (2012). Looking for information (3. ed). Bingley: Emerald.

Stone, I. F. (1998). O julgamento de Sócrates. São Paulo: Companhia das Letras.

Villaseñor-Rodríguez, I.(2008). Propuesta metodológica para un estudio de usuarios de documentación filosófico-jurídica. Documentación de las Ciencias de la Información, 31, 237- 257. Recuperado de: http://revistas.ucm.es/index.php/DCIN/article/viewFile/DCIN0808110237A/18928.

Villaseñor-Rodríguez, I.(2013). El fenómeno de las necesidades de información en España. In J. J. Calva-González (org.), Usuarios de la información en diferentes comunidades académicas y sociales: investigaciones (cap. 2, pp. 23-36). México (DF): UNAM - Instituto de Investigaciones Bibliotecológicas y de la información. Recuperado de: https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/36857690/usuarios_informacion_comunidades_academicas.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1537806250&Signature=N4SSxMZhCKzJho7liiXf5YVpkvY%3D&response-contentdisposition=inline%3B%20filename%3DLibro_Usuarios_de_la_informacion_en_dife.pdf#page=34

Villaseñor-Rodríguez, I.(2015). Los usuarios 2.0 y las nuevas estrategias para la identificación de las necesidades de información. Bibliotecas, 33 (2), 1-10. Recuperado de: http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/bibliotecas/article/view/7521/7838.

Publicado
2019-01-28
Como Citar
Pereira Pinheiro de Souza, L., & Bassan de Moraes, C. (2019). Uma reflexão sobre o comportamento informacional diante das transformações paradigmáticas da ciência da informação e dos contextos histórico-sociais. Informatio. Revista Del Instituto De Información De La Facultad De Información Y Comunicación, 23(2), 142-166. Recuperado de https://informatio.fic.edu.uy/index.php/informatio/article/view/211
Seção
Artigos